A hora de mamar é um momento gostoso de intimidade entre mamãe e bebê, mas logo que ela acaba, uma cena costuma se repetir: depois de arrotar, o leite costuma voltar todo para fora!
Será que isso é normal ou meu bebê pode ter alguma doença?
O nome desse evento é refluxo gastroesofágico, que nada mais é do que o alimento voltando do estômago para o esôfago. Segundo pesquisa da Universidade Northwestern, 50% dos bebês de 3 meses costumam ter pelo menos um episódio de regurgitação por dia. O pico acontece aos 4 meses, quando 67% dos bebês regurgitam ao menos uma vez por dia. Entre 4 e 6 meses o refluxo é mais comum, porque o bebê começa a se movimentar mais. Isso diminui naturalmente e só 5% das crianças de um ano sofrem com o problema.
No primeiro ano de vida, a válvula que faz a passagem da comida de um órgão para o outro (o esfíncter do esôfago) fica mais tempo relaxada e facilita o retorno do que foi ingerido, mas conforme a criança se desenvolve e ingere alimentos mais sólidos, o refluxo tende a diminuir.
Mas como identificar quando o refluxo se trata de uma doença?
Os sinais de alerta são dor, irritabilidade, recusa de alimentos, regurgitação frequente, vômitos e um ganho de peso baixo. A falta de tratamento pode causar irritação no esôfago, anemia e complicações respiratórias.
Os cuidados são simples. No caso do refluxo comum, deixe seu bebê em posição vertical ao amamentar e fracione as mamadas para não exagerar na quantidade de leite. Se seu filho apresenta os sintomas da doença do refluxo gastroesofágico, procure o seu pediatra, que pode indicar o uso de medicamentos e acessórios adequados para o seu bebê.