De acordo com o estudo “Oxigenoterapia domiciliar prolongada (ODP)” publicado no portal www.scielo.br – Pessoas que vivem com hipoxemia (baixa concentração de oxigênio no sangue) e, muitas vezes, hipercapnia (altas concentrações de gás carbônico no sangue), experimentam um significativo comprometimento físico, psicológico e social, sendo um grande desafio para a qualidade de vida. Além disso, esses pacientes podem enfrentar complicações recorrentes, resultando em hospitalizações frequentes. Muitas vezes, o uso de oxigênio domiciliar pode reduzir essa frequência de internações por controlar melhor os níveis de oxigênio do sangue.
A administração de oxigênio em ambiente domiciliar tem sido uma prática estabelecida por cerca de cinco décadas, com suas origens remontando às observações do Dr. J. E. Cotes na Inglaterra. No entanto, foi somente a partir dos anos 70 que se confirmou que a terapia com oxigênio domiciliar melhorava a qualidade de vida e prolongava a expectativa de vida de pacientes que sofrem de DPOC com hipoxemia crônica.
A oxigenoterapia domiciliar é um tratamento médico que envolve o fornecimento de oxigênio suplementar para pessoas que têm problemas respiratórios crônicos ou condições médicas que causam hipoxemia.
Separamos abaixo algumas informações importantes sobre a oxigenoterapia domiciliar:
INDICAÇÕES: A oxigenoterapia domiciliar é frequentemente prescrita para pacientes com doença pulmonar crônica, como DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), fibrose pulmonar, bronquite crônica e outras condições respiratórias que causam dificuldades respiratórias e baixos níveis de oxigênio no sangue.
AVALIAÇÃO MÉDICA: A terapia com oxigênio em casa deve ser prescrita por um médico com base em avaliações clínicas e exames para determinar a necessidade e a quantidade de oxigênio necessária.
EQUIPAMENTO: O equipamento utilizado inclui concentradores de oxigênio (que extraem oxigênio do ar), cilindros de oxigênio líquido ou gasoso, máscaras faciais ou cânulas nasais. O tipo de equipamento depende da prescrição médica e das necessidades do paciente.
ADMINISTRAÇÃO: O oxigênio é inalado pelo paciente, geralmente por meio de cânulas nasais ou máscaras faciais, e o fluxo é ajustado de acordo com a prescrição médica.
MONITORAMENTO: O paciente deve ser monitorado de perto para garantir que a terapia esteja sendo eficaz. Isso pode envolver medições regulares da saturação de oxigênio no sangue (SpO2) e ajustes no fluxo de oxigênio conforme necessário.
SEGURANÇA: A terapia com oxigênio é segura, mas é importante observar precauções para evitar riscos de incêndio. Não fumar perto do equipamento de oxigênio e manter chamas abertas longe dele.
CONFORMIDADE: A adesão à terapia é fundamental. Os pacientes devem seguir as recomendações médicas quanto à quantidade de oxigênio e à duração do uso. Parar ou reduzir a terapia sem orientação médica pode ser prejudicial.
EFEITOS COLATERAIS: Alguns pacientes podem experimentar ressecamento nasal, irritação na pele ao redor das cânulas nasais ou máscaras, ou dificuldade para dormir durante a noite devido ao desconforto. É importante relatar esses problemas ao médico e ao fisioterapeuta.
VIAGENS: Se o paciente precisar viajar, é necessário planejar com antecedência para garantir o acesso contínuo ao oxigênio, seja por meio de equipamento portátil ou fazendo arranjos com empresas de oxigênio locais.
REVISÕES MÉDICAS REGULARES: Os pacientes devem fazer consultas médicas regulares para avaliar a eficácia do tratamento e fazer ajustes, se necessário.
Como já comentamos, a oxigenoterapia domiciliar pode melhorar significativamente a qualidade de vida de pessoas com doenças respiratórias crônicas, ajudando-as a respirar mais facilmente e a realizar atividades diárias com mais conforto. No entanto, é fundamental seguir as orientações médicas, realizar a reabilitação e manter as medidas de segurança ao se utilizar oxigênio em casa.
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