O envelhecimento da população mundial tem transformado a forma como pensamos os cuidados e o estilo de vida na terceira idade. Entre as tendências mais inovadoras está o cohousing para idosos, um modelo de moradia colaborativa que vem ganhando força em países da Europa, Estados Unidos e, mais recentemente, no Brasil.
Mais do que um espaço físico, o cohousing oferece uma nova forma de viver a velhice: com autonomia, qualidade de vida e conexão social.
O termo cohousing (ou “coabitação”) surgiu na Dinamarca nos anos 1960 e se refere a moradias independentes organizadas em uma comunidade planejada, onde os moradores compartilham áreas e serviços comuns.
No caso dos idosos, trata-se de um modelo pensado para favorecer o envelhecimento ativo: cada pessoa ou casal mantém sua residência particular, mas conta com infraestrutura e espaços coletivos que incentivam a convivência, a cooperação e o apoio mútuo.
Um cohousing sênior é composto, geralmente, por:
Esse formato valoriza tanto a autonomia individual quanto a vida em comunidade, prevenindo o isolamento social — um dos maiores desafios do envelhecimento.
Diferente de asilos ou casas de repouso, o cohousing não tem como objetivo “internar” ou retirar a autonomia do idoso. Pelo contrário: ele promove um ambiente acolhedor e colaborativo, onde cada pessoa continua sendo protagonista da própria vida.
Embora ainda pouco difundido, o cohousing já começa a surgir no Brasil, especialmente em grandes centros urbanos. Projetos-piloto estão sendo desenvolvidos com foco na terceira idade, inspirados em modelos de países como Dinamarca, Suécia e Estados Unidos, onde a prática já é consolidada.
O cohousing é muito mais do que uma alternativa de moradia: é um novo olhar sobre o envelhecimento, que valoriza a autonomia, o afeto e a vida em comunidade. Em um cenário de aumento da longevidade e das doenças crônicas, iniciativas como essa podem transformar a experiência da terceira idade, oferecendo mais dignidade e qualidade de vida.
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