A incontinência urinária (IU) é a perda involuntária de urina. É uma condição comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, impactando significativamente a qualidade de vida. Embora seja mais frequente em idosos, a IU pode ocorrer em qualquer idade e afetar tanto homens como mulheres.
Tipos de incontinência urinária
Existem diferentes tipos de incontinência urinária, cada um com suas próprias causas e características:
- Incontinência de Esforço: A perda de urina ocorre ao tossir, espirrar, rir, levantar peso ou praticar atividades físicas. É causada pelo enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, responsáveis por sustentar a bexiga e a uretra.
- Incontinência de Urgência: A pessoa sente uma vontade repentina e incontrolável de urinar, seguida de perda involuntária de urina. É causada por contrações involuntárias da bexiga, muitas vezes associadas a problemas neurológicos, infecções urinárias ou irritação da bexiga.
- Incontinência Mista: Combinação da incontinência de esforço e de urgência.
- Incontinência por Transbordamento: A bexiga não se esvazia completamente, causando um gotejamento constante ou perda de urina. É causada por obstrução da uretra (em homens, geralmente por aumento da próstata) ou por problemas neurológicos que afetam a capacidade da bexiga de se contrair.
- Incontinência Funcional: A pessoa tem dificuldade em chegar ao banheiro a tempo devido a limitações físicas ou cognitivas, como problemas de mobilidade, demência ou confusão mental.
Causas da incontinência urinária
A IU pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo:
- Enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico (gravidez, parto, obesidade, envelhecimento)
- Problemas neurológicos (AVC, esclerose múltipla, doença de Parkinson)
- Infecções urinárias
- Aumento da próstata (em homens)
- Medicamentos (diuréticos, antidepressivos, sedativos)
- Constipação
- Obesidade
- Tabagismo
Diagnóstico
O diagnóstico da IU envolve uma avaliação médica completa, incluindo:
- Histórico clínico e exame físico
- Diário miccional (registro da frequência e quantidade de urina)
- Exame de urina
- Avaliação urodinâmica (para avaliar a função da bexiga e da uretra)
- Ultrassonografia
Tratamentos para incontinência urinária
O tratamento da IU depende do tipo, da causa e da gravidade da condição. As opções de tratamento incluem:
- Exercícios de Kegel: Fortalecem os músculos do assoalho pélvico, melhorando o controle da bexiga.
- Fisioterapia: Técnicas de fortalecimento muscular, biofeedback e eletroestimulação podem ajudar a melhorar a função da bexiga e do assoalho pélvico.
- Medicamentos: Alguns medicamentos podem ajudar a controlar as contrações da bexiga (anticolinérgicos) ou a aumentar o tônus muscular da uretra (alfa-agonistas).
- Dispositivos médicos: Pessários (dispositivos inseridos na vagina para sustentar a bexiga) e dispositivos de oclusão uretral (para bloquear a uretra e impedir a perda de urina) podem ser utilizados em alguns casos.
- Cirurgia: Em casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária para corrigir problemas anatômicos ou fortalecer os músculos do assoalho pélvico.
- Mudanças no estilo de vida: Perder peso, evitar cafeína e álcool, controlar a ingestão de líquidos e tratar a constipação podem ajudar a reduzir os sintomas da IU.
A incontinência urinária é uma condição tratável. É importante procurar ajuda médica para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. Com o tratamento adequado, é possível controlar os sintomas e melhorar significativamente a qualidade de vida.
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Fontes:
ufpr: revistas.ufpr.br/academica/
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