Quando nos tornamos mães, cada aspecto do desenvolvimento do nosso pequeno é acompanhado com expectativas e, por vezes, incertezas. A criptorquidia, embora possa parecer um termo desconhecido inicialmente, é uma condição que merece nossa atenção e compreensão. Descobrir que um ou ambos os testículos do bebê não desceram para a bolsa escrotal pode trazer inquietações, mas é crucial compreender as causas, os tratamentos e, principalmente, saber que existem recursos médicos disponíveis para garantir o bem-estar da criança.
A criptorquidia é uma condição médica em que um ou ambos os testículos não descem para a bolsa escrotal conforme o esperado. Durante o desenvolvimento fetal, os testículos normalmente se formam dentro do abdômen e descem para a bolsa escrotal antes do nascimento ou nos primeiros meses de vida.
Em entrevista ao site bebe.abril.com.br – o Dr. Fernanda Ghilardi Leão, cirurgiã urologista pediátrica do Sabará Hospital Infantil explica: “isso acontece quando eles ficam localizados em seu trajeto de descida, em posição inguinal ou intra-abdominal, sendo a primeira mais comum”.
Na criptorquidia, esse processo de descida dos testículos não ocorre como deveria, resultando em um ou ambos os testículos localizados fora da bolsa escrotal. Essa condição é mais comum em recém-nascidos prematuros, mas também pode afetar bebês nascidos a termo.
A maioria dos casos de criptorquidia se corrige espontaneamente durante os primeiros meses de vida, à medida que os testículos descem naturalmente. No entanto, se os testículos não descerem até a idade de 6 meses, pode ser necessário tratamento médico. A criptorquidia pode aumentar o risco de complicações, como infertilidade e câncer testicular, se não for tratada.
O tratamento pode incluir o uso de hormônios para estimular o descenso dos testículos ou, em alguns casos, cirurgia para reposicionar os testículos na bolsa escrotal. A intervenção é importante para prevenir complicações futuras e garantir a saúde reprodutiva do indivíduo. A avaliação e o tratamento são geralmente coordenados por um pediatra ou um especialista em urologia pediátrica.
É muito importante que após o nascimento, a criança tenha uma rotina de acompanhamento com o pediatra.
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