Em nosso último artigo compartilhamos com você os exames pré-natais que toda gestante deve fazer, para ter um acompanhamento detalhado da saúde mãe e do bebê.
A importância deste acompanhamento, é também para identificar possíveis doenças durante a gestação, que podem ou não ser tratadas ainda na barriga da mãe. Quando não passíveis de tratamento, podem ser indicadas condutas a serem tomadas logo após o nascimento do bebê, possibilitando uma vida saudável para a criança.
Entre os exames fundamentais para a identificação de doenças, podem ser citados os diversos tipos de ultrassonografia, tais como a obstétrica e a morfológica. Elas permitem identificar malformações, síndromes fetais e problemas genéticos.
Em casos de possibilidade de doença, o médico irá solicitar exames mais específicos e invasivos, tais como a biópsia de vilo corial ou a amniocentese.
A biópsia de vilo corial é um exame que pode ser realizado precocemente, entre 10 a 13 semanas, no qual se extrai material genético da placenta utilizando-se uma agulha para a identificação de anomalias cromossômicas, como a síndrome de Down. O exame de amniocentese é extraído líquido amniótico a fim de pesquisar a existência de síndromes cromossômicas, problemas do tubo neural e doenças hereditárias que afetam o sangue. Pode ser realizado a partir da 15ª semana de gestação.
Separamos abaixo algumas doenças que podem ser identificadas durante o período pré-natal:
Tipo de malformação que afeta o cérebro, podendo acontecer entre a 16ª e a 26ª semanas de gestação. Essa malformação é caracterizada pela ausência total do cérebro no crânio, sendo identificada pela realização do exame de ultrassom.
Infelizmente, não existe tratamento para a anencefalia, e a condição inviabiliza a sobrevivência do feto. Entretanto, a sua identificação é fundamental para evitar complicações para a gestante, como o acúmulo de líquido no útero e hemorragias.
Ainda não se sabe quais são as causas para essa malformação, mas fatores genéticos e a deficiência de ácido fólico podem predispor a sua ocorrência.
Essa condição se caracteriza pelo acúmulo de líquido (líquido cefalorraquidiano) dentro da caixa craniana, levando a um inchaço e a um aumento da pressão no cérebro do feto. A hidrocefalia é uma das anomalias mais comuns e que pode ser detectada pela ultrassonografia, a partir da 16ª semana de gestação.
Ela pode ser causada por diferentes fatores, tais como a presença de outras malformações, de anomalias cromossômicas e de infecções. O prognóstico varia de acordo com as características de gravidade e de condição clínica do feto, podendo ou não deixar sequelas.
O tratamento pode ser iniciado durante a gestação. Nesse caso, pode ser feita uma cirurgia intra-útero, por meio da realização de punções do líquido ou a instalação de cateter, com objetivo de aliviar a pressão no cérebro. Em outras situações, quando a gestação já se encontra a partir da 32ª semana, é possível fazer o adiantamento do parto para a realização da cirurgia.
A síndrome de Down é uma condição causada pela existência de um cromossomo a mais no par 21; por isso, também é chamada de trissomia do 21. Ela atinge cerca de 1 em cada 700 crianças no mundo.
Essa síndrome acarreta uma limitação intelectual e de desenvolvimento na criança. Diferentes fatores podem predispor a ocorrência dessa condição, sendo a idade da mulher no período gestacional um importante fator de risco.
Existem diversos testes disponíveis para a identificação da síndrome. O mais simples e menos invasivo é o ultrassom, com a medicação Translucência Nucal (TN) — mensuração do acúmulo de líquidos na nuca do feto, a qual é realizada entre a 11ª e 13ª semanas de gestação. Podem ser requeridos outros tipos de exames mais invasivos para a confirmação, como a biopsia de vilo corial e a amniocentese.
Algumas doenças infecciosas adquiridas durante a gestação podem ser transmitidas para o bebê causando sequelas graves. Entre elas estão: Zica, Rubéola, Citomegalovirus, Parvovirose, Varicela, HIV, Sífilis, Herpes, Toxoplasmose, Hepatite, entre outras. Na maioria das vezes essas doenças são assintomáticas na mãe e o diagnóstico deve ser feito através de exames de sangue. Quanto mais cedo a infecção for adquirida maior a chance de sequelas para a criança.
A Toxoplasmose é causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, que geralmente é encontrada nas fezes de gatos e de outros animais felinos, sendo adquirida de várias formas como ingestão de carne mal passada, alimentos crus e água contaminada.
O protozoário pode impactar o feto de diferentes formas, dependendo do período da gestação em que a doença ocorre.
Para o diagnóstico, é realizado o exame de triagem materna, a partir da verificação sorológica em amostras de sangue da gestante. O exame deve ser feito no primeiro trimestre e, posteriormente, repetido no segundo e no terceiro trimestres de gravidez.
Caso haja confirmação da toxoplasmose, a doença deve ser tratada com medicamentos, a fim de evitar complicações graves para o feto.
A hepatite B é uma doença infecciosa viral, causada pelo vírus da hepatite B (HBV). O momento da passagem da infecção da mãe para o filho ocorre principalmente durante o parto; por isso, é fundamental a realização dos exames de triagem.
Da mesma forma que a toxoplasmose, o diagnóstico é feito a partir de exames sorológicos, realizados em amostras de sangue da gestante.
O conjunto de exames no pré-natal e acompanhamento médico são muito importantes para a saúde da mãe e da criança. A constatação de algumas doenças pode evitar complicações, e irá ajudar o casal a lidar com algumas condições de saúde da criança após o nascimento.
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Fonte: cordvida.com.br