Um dos principais vilões nos acidentes com bebês e crianças é o engasgo. Ele pode ocorrer desde bebês recém-nascidos, que engasgam com o leite, até crianças mais crescidas, que costumas colocar objetos pequenos na boca.
O maior risco sofrido pelas crianças que engasgam, é a aspiração desse líquido ou objeto, levando-o ao pulmão e gerando consequente infecção ou asfixia.
A aspiração de corpo estranho (ACE) é descrita principalmente nas crianças do sexo masculino, o que reflete uma natureza mais impulsiva e aventureira nos meninos. Predomina na faixa etária pediátrica entre 1 e 3 anos de idade, com mais de 50% das aspirações ocorrendo em crianças menores de 4 anos e mais de 94% antes dos sete anos. É na idade até três anos que a criança não controla a mastigação e a deglutição de alimentos, pois não possui os dentes molares, estrutura importante na trituração de alimentos sólidos. A oferta de alguns tipos de alimentos a crianças pequenas, como amendoim, feijão, pipoca e milho, apresentam risco para a aspiração, pois as crianças vão degluti-los sem mastigar, e qualquer distração, risada, brincadeira ou susto pode precipitar o acidente.
O que fazer no caso de engasgo?
No caso de um engasgo, a primeira coisa a se fazer é realizar um busca dentro da boca, para tentar achar o objeto que está obstruindo as vias aéreas. Com o dedo indicador, procure rapidamente o objeto. Caso não encontre, aprenda o que fazer:
Crianças maiores de 1 ano (manobra de Heimlich): posicione-se atrás da criança e abrace-a na região abaixo das costelas. Faça compressões nessa região, impulsionando os movimentos para cima, até que a criança consiga expelir o objeto estranho.
Crianças menores de 1 ano: posicione o bebê de bruços e cabeça levemente inclinada para baixo, apoiando-o em seu braço. Com a mão livre, faça 5 percussões nas costas, em seguida, vire a criança e faça mais 5 percussões na parte da frente. Certifique-se de que o bebê está respirando normalmente.
Como prevenir ?
Texto escrito por Daniela Suzuki Bravo, Enfermeira, formada pela UNIFESP, com pós graduação em Enfermagem Obstétrica pela UNIFESP.
Fontes:
https://www.abcdasaude.com.br/pediatria/sufocamento-e-engasgos
http://www.ebc.com.br/infantil/para-pais/2015/01/o-que-fazer-quando-crianca-engasga