O luto é um processo natural que se inicia quando ocorre uma perda de alguém ou algo importante, gerando um sentimento de finitude que experimentamos, cuja intensidade pode variar. É a difícil tarefa de sobreviver à ausência das pessoas queridas.
Não se deve tentar negligenciar ou cura-lo, pois é um processo e não um transtorno, logo, deve ser compreendido, acolhido e elaborado.
Esse processo pode compreender algumas fases:
Cada pessoa tem o seu tempo para elaborar esse processo e readequar a sua vida, agora sem o seu ente querido, e não devemos tentar adotar posturas contrárias ao que se sente e vive naquele momento. Quanto mais próximo da pessoa que perdeu, maior é o sentimento de angústia e desnorteamento, especialmente se for uma das pessoas de base da família, como é o caso dos cônjuges.
É necessário que a dor da perda seja acolhida, tanto pelos familiares e amigos, quanto por si mesmo. Respeitando e expressando suas manifestações, que podem vir na forma de choro e tristeza, perda de apetite / sono, perturbações somáticas (como as hipocondrias e as colites) e até mesmo atitudes hostis.
Algumas das reações que também podem acontecer:
Quando observamos e percebemos nossas emoções, elas tendem a ser aliviadas conforme o tempo vai passando e a vida sendo retomada.
Desta forma, o luto vem como um sentimento necessário e tudo que devemos fazer é nos cercarmos de ajuda e amizades enquanto encaramos a dor da nova realidade. Os sentimentos de ansiedade e insegurança desaparecem aos poucos, dando lugar à confiança. Depois que a tristeza passa, descobrimos poder retornar às nossas atividades e outros interesses.
“Tome qualquer emoção: o amor por alguém, o sofrimento por um ente querido ou por uma situação pela qual estou passando, medo e dor causados por uma doença mortal. Se você bloquear suas emoções, se não se permitir ir fundo nelas, nunca conseguirá se desapegar, estará muito ocupado em ter medo da dor, medo do sofrimento. Terá medo da vulnerabilidade que o amor traz com ele.
Mas atirando-se a essas emoções, mergulhando nelas até o fim, até afogar-se nelas, você as experimenta em toda plenitude, completamente. Saberá o que é dor. Saberá o que é amor. Saberá o que é sofrimento. Só então poderá dizer, “muito bem, experimentei essa emoção. Eu a reconheço. Agora preciso me desapegar dela por um momento.” (MITCH, 1997)
Escrito por Cibele Takahashi – Fisioterapeuta
Graduada em Fisioterapia pelo CUSC (2002).
Pós-graduada em Fisioterapia em Terapia Intensiva pelo HCFMUSP (2003), Acupuntura pelo Instituto Mundial (2005) e Fisiologia do Exercício pelo HCFMUSP (2013).
Membro participante do Programa 10.000 Mulheres da FGV/Babson College (2016) e do curso de Capacitação Empreendedora do Fisioterapeuta pela FISIOCONSULT (2016).
Formação em Coaching Integral Sistêmico pela FIBRACIS (2017).
Atuação como fisioterapeuta assistencial por 15 anos em Home Care e Hospitais (2002 a 2017). Atuação como gerente e responsável técnica do serviço de Fisioterapia em hospital de médio porte durante 6 anos, responsável pelo recrutamento e treinamento de equipe e gestão administrativa (2007 a 2013) e como consultora em empresa de serviços médicos por 1 ano (2010 a 2011).
Sócia-proprietária em empresa na área de Recursos Humanos Grupo Cuidar – Babás e Cuidadores (2013 a atual).