O corpo da mulher passa por uma série de transformações desde o primeiro dia de gravidez até o fim do puerpério. Mudanças hormonais, peso, paladar, entre outros fatores. Uma condição muito comum, e pouco comentada entre as mães, é o sangramento que ocorre nas primeiras semanas após o nascimento do bebê, chamado de lóquio.
Seja o parto normal ou cesariana, o sangramento existirá. Isto acontece, pois o útero, que se expandiu para dar lugar ao bebê em desenvolvimento, terá de voltar ao seu tamanho normal, e neste processo de contração do órgão feminino que ocorrerá o sangramento.
Sangrar é normal, além de ser um sinal de que o corpo está se recuperando da gestação no puerpério, que pode durar até seis semanas após o parto.
Em entrevista ao site bebe.abril.com.br, Dr. Mário Macoto Kondo, obstetra do Hospital e Maternidade Pro Matre Paulista, esclarece – “durante a recuperação do útero, há todo um mecanismo de contração dos vasos uterinos. Estes vasos vão se comprimindo e no local onde a placenta estava formam-se alguns coágulos. Deste modo, temos um sangramento que chamamos de loquiação.
Dentro de um parto normal, há uma expectativa de que a mulher possa perder em torno de 500ml no lóquio, já em uma cesárea a quantidade pode chegar até 1000ml para gestantes que tiveram um pré-natal adequado e não se enquadrem em casos de risco.
É importante ressaltar que nos primeiros três a cinco dias, o sangramento é mais intenso e de cor avermelhada, a partir deste período ele vai diminuindo progressivamente: cada vez com menor intensidade com cor e aspecto diferente.
“Nesse pós-parto parto imediato, como o volume do sangramento é maior, acaba sendo necessário usar absorventes um pouco maiores. Os protetores internos não são recomendados e é importante que a puérpera possa quantificar este sangramento a partir dos absorventes”, completa o obstetra.
Vale lembrar que é importante a puérpera observar sinais de anormalidades, como:
Qualquer sintoma diferente, mesmo não relacionado acima, a mulher deve consultar o especialista.
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Fontes:
bebe.abril.com.br
Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido