Os primeiros meses de gravidez constituem uma fase de muitos cuidados e dúvidas em relação a saúde do bebê. Mas graças aos avanços dos estudos, a tecnologia tem avançado rapidamente, e o ultrassom 4D é uma prova de que atualmente podemos ter uma imagem da criança ainda na barriga da mãe mais próxima da realidade.
Além de ver o bebê em três dimensões, no ultrassom 4D é possível vê-lo se movimentando em tempo real, o que ajuda o médico analisar com mais precisão o volume e o funcionamento de certas estruturas, como pulmão e coração.
O acompanhamento pré-natal é um conjunto de exames realizados durante a gestação que possibilitam que a mulher faça um acompanhamento detalhado da sua saúde e do bebê.
Durante o acompanhamento, o médico obstetra realizará exames para analisar, detalhadamente, a saúde da mãe e do bebê. O pré-natal, possibilita que a mulher previna diversas doenças e complicações que podem prejudicar tanto a saúde da mãe como a do bebê.
O pré-natal é muito importante para orientar os futuros pais, especialmente a gestante, sobre o que esperar e como agir durante a gestação. As consultas devem acontecer mensalmente, passando a ser quinzenais e depois semanais no final da gravidez. A realização de exames também é de extrema importância e, a princípio, podem ser divididos em trimestres.
O calendário de atendimento pré-natal, produzido pelo Ministério da Saúde, foi programado em função:
De acordo com o Ministério da Saúde, o intervalo entre duas consultas não deve ultrapassar 8 semanas. Para uma gestante sem fatores de risco detectados, estabelece-se que, no mínimo, duas consultas sejam realizadas pelo médico: uma no início do pré-natal (não necessariamente a 1a consulta) e outra entre 29ª e a 32ª semana de gestação. Se o parto não ocorrer até 7 dias após a data provável, a gestante deverá ter consulta médica assegurada, ou ser referida para um serviço de maior complexidade.
Veja abaixo os principais exames que devem ser solicitados pelo obstetra:
Solicitado na primeira consulta, pode ser repetido no segundo ou no terceiro trimestre de acordo com o obstetra e a saúde da gestante.
Tem objetivo de avaliar todos os compostos presentes no sangue, como a série vermelha (dos glóbulos vermelhos), série branca (dos glóbulos brancos) e plaquetas, e se a gestante está com anemia.
“As grávidas são mais propensas ao problema, pois há um aumento de 50% do sangue, portanto o ferro se dilui”, explica Marco Antônio Borges Lopes, especialista em Medicina Fetal do Fleury Medicina e Saúde. Além disso, a análise das plaquetas indica como está a coagulação e os glóbulos brancos ajudam a identificar como está o sistema imunológico e se há alguma infecção dentro do corpo.
Deve ser solicitada com a primeira bateria de exame, e a curva glicêmica deve ser realizada no quinto mês de gravidez.
O exame de glicemia de jejum indica a quantidade de glicose presente no sangue. Se as taxas forem acima do normal, isso pode indicar diabetes gestacional, que torna a gravidez de risco, podendo causar problemas de saúde no feto.
“A queda da glicemia também pode trazer riscos para a gestante e o nenê, mas devido a seu tipo de sintomatologia é mais rapidamente diagnosticado e tratado”, comenta Jurandir Passos, médico obstetra e ginecologista do laboratório Exame. Os sintomas de queda de glicemia na gestante incluem tontura, taquicardia, desmaio e sudorese.
Este exame deve ser solicitado na primeira consulta e não tem a necessidade de ser repetido. O objetivo é identificar o tipo sanguíneo da mãe. O sistema ABO ajuda em possíveis transfusões sanguíneas.
De acordo com o Dr. Fabio Rosito, especialista em Ginecologia e Obstetrícia e diretor de Novos Negócios e Alta Tecnologia em Salomão Zoppi o fator Rh é o mais importante: “Mães que sejam fator negativo e têm bebês com fator positivo podem obter um quadro chamado eritroblastose fetal. No parto, quando os sangues entram em contato, são formados anticorpos anti-Rh no corpo da mãe, que podem destruir as hemácias do próximo bebê Rh+ que ela tiver”. Para evitar que isso aconteça, é ministrado um medicamento após o parto que impede que esses anticorpos se formem.
O médico deve solicitar no início do pré-natal, em caso positivo, o tratamento preventivo deve começar logo para evitar a transmissão do vírus para a criança. O exame HIV indica se a mãe é soropositiva, ou seja, tem chances de desenvolver AIDS. O VDRL é para identificar se a mãe está contaminada com a bactéria que causa sífilis. O HIV prejudica o sistema imunológico do bebê, já a sífilis congênita pode causar problemas no sistema nervoso central e coração, entre outros órgãos.
Este exame deve ser feito no início do pré-natal e repetido no terceiro trimestre.
Indicam se a pessoa já teve algum contato com os causadores dessas duas doenças. A toxoplasmose pode provocar sequelas para o feto e malformações, por atacar e destruir tecidos. Já a rubéola pode trazer complicações neurológicas, cegueira e surdez para a futura criança.
Deve ser realizado no primeiro trimestre e repetido no terceiro trimestre, ou mais vezes de acordo com o histórico da paciente.
Estes exames são para certificar se a mãe está com alguma dessas doenças, que podem prejudicar o desenvolvimento do feto. O citomegalovírus pode causar malformações no bebê, mas é uma doença considerada mais rara. Já as hepatites B e C podem ser passadas para as crianças, que se tornarão portadoras dos vírus também.
Solicitado na primeira consulta pré-natal, e normalmente é repetido nos outros trimestres.
Indica se a paciente está com alguma infecção urinária, mesmo que sem sintomas. A infecção urinária pode prejudicar a saúde da mãe causando parto prematuro.
O primeiro exame feito é o Urina 1, que indica a concentração de células de defesa na urina. Caso ele dê positivo, são feitos outros exames para verificar quais bactérias são essas, assim o obstetra avalia o melhor tratamento.
De acordo com Dr. Marco Antônio Borges Lopes, especialista em Medicina Fetal do Fleury Medicina e Saúde, logo no começo do pré-natal é importante realizar o exame de ultrassom para avaliar onde está ocorrendo a gestação, se ela realmente está dentro do útero, qual a idade gestacional do feto, para que possa se calcular o desenvolvimento, e se há mais de um bebê. Entre as semanas 11 e 14 é feito um ultrassom morfológico, que avalia como está o desenvolvimento da criança e se a formação está bem, como o desenvolvimento dos membros, coração, sistema nervoso, entre outros.
Entre as semanas 20 e 24 é preciso avaliar a morfologia do bebê novamente, verificando rins, coração, pulmões, sistema nervoso e outros órgãos, além dos membros, ver se tudo se desenvolveu da forma correta ou se há má formação. Por volta da 32ª semana um ultrassom é feito para conferir se está tudo certo para o parto, se o bebê está na posição correta, por exemplo, e se ele cresceu nem nesse período.
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