Em nosso último artigo, compartilhamos algumas dicas que você deve considerar na hora da escolha da escola. Além disto é importante também, que você entenda qual a linha pedagógica oferecida pela instituição, isso quer dizer, qual o método de ensino que a escola utiliza para ensinar os alunos.
Para ficar mais fácil e claro, e para você entender qual a diferença entre cada uma, seguem abaixo as definições das principais linhas de ensino utilizadas no Brasil de acordo com o site melhorescola.com.br:
A metodologia tradicional, como o próprio nome sugere, é uma das mais convencionais metodologias de ensino. Ela integra a prática educacional formal e o seu foco é a preparação tanto intelectual como moral dos alunos para que eles possam assumir uma posição na sociedade.
Em relação ao ensino, ele é feito por meio da exposição verbal e pela demonstração realizada pelo professor. Nessa concepção, o professor é tido como a pessoa que detém o conhecimento que será transferido para o aluno através da exposição e análise das matérias.
A metodologia tradicional tem ênfase na resolução de exercícios, na repetição de conceitos e fórmulas, e na memorização do conteúdo, disciplinando a mente e criando hábitos. Nessa metodologia, é comum a separação por séries.
Na sala de aula, o número de alunos varia de acordo com a escola, além disso, o conteúdo é aplicado de forma igualitária para os estudantes, já que no tradicionalismo acredita-se que cabe ao aluno absorver todo o conhecimento apresentado, dependendo do seu aprendizado e do próprio esforço.
A metodologia Construtivista foi desenvolvida pelo psicólogo Jean Piaget (1896–1980). O construtivismo questiona o conceito e a estrutura do conhecimento e aprendizado, tendo como ideia central que o conhecimento não é adquirido, mas construído.
A teoria possui base filosófica e científica. Em relação a Filosofia, há dois conceitos bases: racionalismo e empirismo. De acordo com o racionalismo, o sujeito concentra o conhecimento no próprio interior; segundo o empirismo, o conhecimento se dá a partir dos sentidos e dos objetos, isto é, da relação entre o indivíduo e o mundo.
Sua base científica está no construtivismo, que busca entender como o conhecimento é construído. Por isso, a metodologia Construtivista percebe o aluno como detentor do próprio conhecimento que será construído a partir das relações que ele estabelece com o mundo.
O construtivismo chegou ao Brasil por volta da década de 1980 e, diferente do tradicionalismo, ela defende a organização da escola em ciclos, em invés de séries.
A sala de aula construtivista conta com poucos alunos, desse modo, o professor consegue acompanhar a evolução do aprendizado e fazer intervenções quando for necessário.
Nesse contexto, o papel do professor é propor e incentivar o desenvolvimento das atividades e não impô-las. Assim, os alunos participam de discussões e expõem opiniões e dúvidas sobre os temas retratados.
A metodologia Montessori foi criada pela médica italiana Maria Montessori (1870–1952) e uma das suas principais características é o respeito e a compreensão sobre a individualidade da criança.
Assim, um ambiente montessoriano é fácil de ser reconhecido: é bem organizado e os objetos ficam todos ao alcance das crianças. Isso funciona para que seja trabalhada a autonomia, a ordem e o espaço.
O método montessoriano possui 6 pilares:
Autoeducação: o aluno deve aprender sozinho, sem grande interferência de adultos.
Educação cósmica: tudo está interligado. Áreas separadas se tornam abstratas, por isso, todo o conteúdo possui um vínculo.
Educação como ciência: há uma análise e uma compreensão sobre o comportamento das crianças.
Ambiente preparado: o ambiente é propício para que as crianças tenham liberdade e autonomia. Além de objetos na altura do alcance das crianças, o espaço de aula é minimalista, contendo apenas o necessário para o desenvolvimento das atividades.
Adulto preparado: o papel do adulto é de observar as crianças e intervir somente quando necessário. A maior regra deste passo é nunca fazer pela criança aquilo que ela pode fazer sozinha.
Criança equilibrada: quando a criança se encontra concentrada isso significa que está em equilíbrio. É importante que não haja a interrupção de um adulto neste momento.
A metodologia montessoriana baseia-se na observação e na compreensão da natureza do indivíduo por meio das brincadeiras e dos trabalhos. Assim, ela desenvolve uma base para a evolução da criança. Segundo a Organização Montessori do Brasil (OMB), há em torno de 60 escolas que utilizam o método de ensino no país.
A abordagem Pikler foi criada pela pediatra Emmi Pikler (1902–1984) e foca nos 3 primeiros anos de vida da criança. Assim como a metodologia montessoriana, a Pikler também se baseia no respeito a individualidade e a liberdade do ser, por isso, esse método possui dois grandes princípios: segurança afetiva e motricidade livre.
Nesse contexto, a segurança afetiva é exercida com um profundo respeito à criança. O adulto precisa reconhecer que a criança já é uma pessoa e que possui as próprias expectativas e necessidades. Esse reconhecimento reflete no desenvolvimento psicológico e emocional da criança. Através dos cuidados e dos contatos diários é construído o vínculo entre o cuidador e o bebê.
Já a motricidade livre permite que os bebês desenvolvam aspectos de postura corporal próprios. Em um ambiente adequado, a criança se encontra livre para explorar objetos e possibilidades, sempre de maneira autônoma e tranquila. Um adulto intervém apenas para manter a segurança da criança.
A metodologia Waldorf foi criada por Rudolf Steiner (1861–1925), um filósofo austríaco. Esse método foi aplicado pela primeira vez em uma escola para filhos de operários alemães de uma fábrica de cigarros chamada Waldorf-Astoria.
A estrutura da metodologia Waldorf é baseada em 3 colunas principais: pensar, querer e agir. Ela trabalha com base na justiça social da educação e tem como objetivo criar indivíduos que sejam livres e plenamente responsáveis. Na abordagem Waldorf, o professor atua como um facilitador do conhecimento e acompanha a turma por um longo período de tempo. A partir do ensino médio, os alunos são acompanhados por um tutor.
Além das matérias obrigatórias do currículo previsto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os alunos trabalham com atividades como música, teatro, dança, artesanato e outras que exploram a criatividade dos indivíduos. Normalmente, essas atividades são interdisciplinares.
O método freiriano foi criado pelo educador e filósofo brasileiro Paulo Freire (1921-1997) na década de 1960. A princípio, o seu enfoque era a alfabetização de jovens e adultos, cujo material era organizado e pensado a partir das experiências dos alunos.
Nesse método, a alfabetização não deve ser ensinada somente a partir das letras, palavras e frases, mas também com base no dia a dia do estudante, levando o aluno a compreender os problemas que enfrenta, estimulando-o a participar da vida política do local em que vive. Outra característica do método de Paulo Freire é o dialogismo, isto é, o respeito pelo aluno e a valorização de uma relação horizontal entre o educador e o educando.
Como você pôde ler, existem diversos caminhos para o aprendizado, porém o mais importante é analisar e entender qual o método que mais se encaixa com os objetivos e os valores da família. Tenha em mente que participar e contribuir ajudará no desenvolvimento escolar. E não se preocupe se um pouco mais para frente você sinta a necessidade de trocar de escola, e experimentar um novo método de ensino. Apenas atente-se para que trocas constantes não prejudique o aprendizado da criança.
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